
Gilbert Durinho foi nocauteado por Michael Morales no UFC Vegas 106. Foto: Reprodução/UFC News
Gilbert Durinho teve uma noite pra se esquecer neste sábado (17) no UFC Vegas 106. O brasileiro foi massacrado por Michael Morales, que encaixou uma sequência violenta e obrigou o árbitro a interromper a luta principal do evento ainda no primeiro round, declarando nocaute técnico.
Durinho amargou a quarta derrota seguida na divisão. Aos 38 anos, o lutador não vence desde 2023, quando superou Jorge Masvidal na decisão unânime dos juízes. Mas o revés do veterano para Michael Morales traz à tona uma ‘maldição’ que tem rondado o cenário de 2025: a de brasileiros que não conseguem vencer suas lutas principais no UFC. A derrota de Gilbert no UFC Vegas 106 foi o oitavo fracasso tupiniquim no ano.
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Tudo começou logo no primeiro evento promovido pelo Ultimate este ano. Mackenzie Dern e Amanda Ribas encabeçaram o UFC Vegas 101. Apesar da primeira ser filha de brasileiros, ela luta sob a bandeira norte-americana e derrotou a mineira de Varginha na revanche por finalização no fim do terceiro round. Uma semana depois, foi a vez de Islam Makhachev e Renato Moicano no UFC 311. O casamento da luta só aconteceu devido a um contratempo que escalou o brasileiro para o duelo. ‘Money’ sucumbiu ainda no primeiro round para o campeão dos leves (até 70,3kg.).
A maldição brasileira das lutas principais voltou a dar as caras no mês seguinte. No dia 15 de fevereiro, mais um evento foi promovido pelo UFC no Apex. Gregory ‘Robocop’ fez a luta principal do UFC Vegas 102 contra o veterano Jared Cannonier. Resultado do duelo? O brasileiro derrotado por nocaute no quarto round.
Amanda Ribas, Moicano, Robocop, Poatan, Diego Lopes e Carlos Prates perderam as lutas principais de 2025. Foto: Montagem SUPER LUTAS
Com certeza a luta que mais doeu no coração verde e amarelo foi a do UFC 313. Alex Poata perdeu o cinturão dos meio-pesados (até 93kg.) para Magomed Ankalaev. O brasileiro não conseguiu impor seu jogo e, ao final de cinco rounds os juízes, deram a vitória de forma unânime para o russo, pondo fim a uma sequência de cinco vitórias do ‘Mãos de Pedra’.
No UFC 314, no dia 12 de abril, Alexander Volkanovski e Diego Lopes mediram forças para saber quem ficaria com o cinturão dos penas (até 65,7kg.). O título ficou vago depois que Ilia Topuria subiu para a divisão dos leves. O combate foi intenso, mas o brasileiro radicado no México levou a pior. Após cinco rounds quentes, o veterano voltou a ostentar o cinturão da categoria pela decisão unânime dos juízes.
No evento seguinte, Ian Garry e Carlos Prates protagonizaram uma luta intensa em Kansas City. O irlandês levou a melhor e foi o vitorioso na decisão unânime dos juízes, impondo a primeira derrota de Carlos Prates após cinco apresentações no UFC.
Deiveson Figueiredo foi derrotado por Cory Sandhagen no UFC Des Moines no começo do mês. (Foto: Instagram)
Há duas semanas, foi a vez de Deiveson Figueiredo sofrer a maldição. Diante de Cory Sandhagen no UFC Des Moines, o ‘Deus da Guerra’ sentiu o joelho ao tentar uma defesa no chão e acabou nocauteado pelo norte-americano no segundo round.
O cenário acaba levando pressão a mais para o UFC 317, evento principal da ‘International Fight Week’, no dia 28 de junho. Ilia Topuria e Charles do Bronx disputam o cinturão deixado por Islam Makhachev na luta principal.
Será que o ‘Leão Embaçado’ vai conseguir quebrar a maldição? Bom, pelo menos a luta do campeão peso mosca (até 56,7kg.), Alexandre Pantoja, não será a principal.
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